ONU ressalta importância do uso da tecnologia para proteger mulheres e meninas da violência

quinta-feira, 25 de julho de 2013


A tecnologia tem o enorme poder de mostrar e registrar violações dos direitos humanos

18.07.2013 | ONU/ Foto: ONU Mulheres/Gaganjit singh
ONU ressalta importância do uso da tecnologia para proteger mulheres e meninas da violência O vice-secretário-geral das Nações Unidas, Jan Eliasson, ressaltou nesta terça-feira (16) o poder da tecnologia no empoderamento de mulheres e meninas, especialmente na proteção contra a violência.
"A tecnologia tem o enorme poder de mostrar e registrar violações dos direitos humanos e, dessa forma, aumentar a conscientização, para que possamos mudar a mentalidade [das pessoas] e lidar com a violência em suas raízes", disse Eliasson em evento em Nova York, Estados Unidos, sobre formas de utilizar o poder da tecnologia para prevenir a violência contra mulheres e meninas.
Eliasson lembrou que "um exemplo impressionante" do poder das pessoas de enfrentar e superar a violência foi visto na semana passada quando a ONU celebrou o Dia da Malala.
"Fiquei profundamente emocionado", disse, referindo-se ao discurso que a jovem baleada pelo talibã por querer frequentar a escola fez diante da Assembleia da ONU. "Mas nós que estávamos presentes representávamos apenas uma fração das pessoas que foram tocadas pelo seu discurso. Poucos minutos depois após o pronunciamento da estudante, 24 mil contas exclusivas ‘tuitaram' sobre o Dia da Malala. Centenas de milhões de pessoas receberam a mensagem em tempo real e muito tempo depois do fim do evento, as ondas de comunicação continuaram a se espalhar. Este é um exemplo claro do nosso tema de hoje: o poder da tecnologia para trazer mudanças positivas."
Eliasson também falou sobre a campanha global do secretário-geral da ONU "UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres", que mobiliza governos, sociedade civil e outros parceiros para acabar com este mal global. Lançada em 2008, as doações da campanha já ajudaram 24 milhões de meninas e mulheres em todo o mundo.
"Em todos os nossos esforços, temos de atender ao pedido de Malala e das muitas outras mulheres e meninas que sofreram violência e abuso", acrescentou. "Lembremo-nos de que elas não são apenas vítimas. Elas também são mães, irmãs, professoras, líderes e formadoras de opinião. Como Malala, essas meninas e mulheres são o nosso futuro."

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