País permaneceu na 85.ª posição
O Brasil teve entre 2011 e 2012 uma leve melhora em seu Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) e permaneceu na 85.ª posição no ranking
que mede a qualidade de vida em 187 países, mas aparece como uma das
estrelas do relatório apresentado ontem pelo Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (Pnud), graças a seu desempenho social nas
últimas duas décadas.O IDH é calculado com base em indicadores de renda, educação e longevidade, ou seja, saúde. O índice brasileiro chegou a 0,73 em uma escala que vai de o a 1 - quanto mais alto, mais desenvolvido é o país. Os dados revisados para 2011 atribuem ao Brasil o índice 0,728.
O Pnud reconheceu que utiliza em seus cálculos dados menos atualizados que os do governo brasileiro - o que motivou protestos oficiais. Se os dados mais recentes tivessem sido considerados, o IDH seria de 0,754, segundo o órgão da ONU. Por razões metodológicas, esse número não pode ser comparado aos dos demais países.
A Noruega, primeira colocada no ranking mundial, alcançou IDH de 0,955. O Niger, na última posição, ficou com apenas 0,304.
Desempenho. O Brasil aparece 137 vezes nos textos, gráficos e tabelas do relatório - um recorde desde a primeira avaliação do Pnud, feita em 1990. Uma das razões desse destaque é o próprio énfoque do trabalho, centrado no crescimento econômico dos países em desenvolvimento e nas conseqüências sociais do fenômeno. O título do relatório é A ascensão do Sul - progresso humano em um mundo diverso.
Entre 1990 e 2012, praticamente todos os países tiveram melhoras em seu IDH. Mas o Brasil aparece em um grupo de 40 nações que, no período, apresentaram desempenho "significativamente superior" ao previsto, dada sua condição em 1990. Desde aquele ano, o IDH brasileiro subiu 24% (era de 0,590), em velocidade maior que a dos vizinhos latino-americanos.
"O País mudou o padrão histórico em muito pouco tempo, e é reconhecido por isso", afirmou Jorge Chediek, coordenador residente do sistema ONU no Brasil. Outros exemplos de países com desempenho acima da média nas últimas duas décadas são China, Índia, Coréia do Sul, Turquia e México.
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