Brasil é destaque em relatório do IDH, mas não avança no ranking

quarta-feira, 20 de março de 2013


País permaneceu na 85.ª posição


Brasil é destaque em relatório do IDH, mas não avança no ranking O Brasil teve entre 2011 e 2012 uma leve melhora em seu Índi­ce de Desenvolvimento Huma­no (IDH) e permaneceu na 85.ª posição no ranking que mede a qualidade de vida em 187 países, mas aparece como uma das estrelas do relatório apresentado ontem pelo Pro­grama das Nações Unidas pa­ra o Desenvolvimento (Pnud), graças a seu desempenho so­cial nas últimas duas décadas.
O IDH é calculado com base em indicadores de renda, educa­ção e longevidade, ou seja, saú­de. O índice brasileiro chegou a 0,73 em uma escala que vai de o a 1 - quanto mais alto, mais de­senvolvido é o país. Os dados revisados para 2011 atribuem ao Brasil o índice 0,728.
O Pnud reconheceu que utili­za em seus cálculos dados me­nos atualizados que os do gover­no brasileiro - o que motivou protestos oficiais. Se os dados mais recentes tivessem sido con­siderados, o IDH seria de 0,754, segundo o órgão da ONU. Por razões metodológicas, esse nú­mero não pode ser comparado aos dos demais países.
A Noruega, primeira colocada no ranking mundial, alcançou IDH de 0,955. O Niger, na última posição, ficou com apenas 0,304.
Desempenho. O Brasil aparece 137 vezes nos textos, gráficos e tabelas do relatório - um recor­de desde a primeira avaliação do Pnud, feita em 1990. Uma das ra­zões desse destaque é o próprio énfoque do trabalho, centrado no crescimento econômico dos países em desenvolvimento e nas conseqüências sociais do fe­nômeno. O título do relatório é A ascensão do Sul - progresso hu­mano em um mundo diverso.
Entre 1990 e 2012, praticamen­te todos os países tiveram melho­ras em seu IDH. Mas o Brasil apa­rece em um grupo de 40 nações que, no período, apresentaram desempenho "significativamen­te superior" ao previsto, dada sua condição em 1990. Desde aquele ano, o IDH brasileiro su­biu 24% (era de 0,590), em veloci­dade maior que a dos vizinhos latino-americanos.
"O País mudou o padrão históri­co em muito pouco tempo, e é reconhecido por isso", afirmou Jorge Chediek, coordenador residente do sistema ONU no Brasil. Outros exemplos de países com desempe­nho acima da média nas últimas duas décadas são China, Índia, Co­réia do Sul, Turquia e México.

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