Seleções levantarão faixas
durante os quatro jogos das quartas de final. Cidades-sede contam com
central telefônica para receber denúncias
Uma Copa sem racismo. Esse é
o objetivo do governo federal para o Mundial com sede no Brasil.
Secretarias e governos estaduais têm aderido a campanhas para combater
esse crime e conscientizar a população quanto ao respeito às diferenças,
aproveitando a chegada da Copa do Mundo da FIFA 2014 e toda a
diversidade cultural, racial e religiosa dos turistas e torcedores.
De
acordo com a Fifa, durante as quartas de final da Copa do Mundo, as
seleções envolvidas nas quatro partidas levantarão faixas com mensagens
contra o racismo.
Em fevereiro, a
presidenta Dilma Rousseff, em visita ao Vaticano, pediu ao Papa
Francisco uma mensagem de paz e contra o preconceito para a Copa. “Pedi
um posicionamento quanto à questão da paz e contra o preconceito,
especificamente contra o racismo”, afirmou a presidenta.
Para
Dilma, o futebol tem o poder de ser uma ação afirmativa na luta contra o
preconceito e o racismo, além de disseminar os valores da paz, do
entendimento entre os homens e entre as nações.
“Um
País tão multicultural, onde todas as raças do mundo são encontradas,
abre uma possibilidade para uma ação contra o racismo e a
discriminação”, destacou.
Como uma
das iniciativas para conscientizar a população, o Ministério do Esporte
vai relançar, em edição bilíngue, o livro "O Negro no Futebol
Brasileiro", publicado originalmente em 1947 pelo jornalista Mário Filho
e entronizado como um estudo clássico do esporte no País. Será um
reconhecimento da contribuição do negro à formação social brasileira e
exaltação à mestiçagem que nos distingue como nação.
Campanha
Copa
sem Racismo, esse é o tema da campanha do governo federal lançada em 7
de maio. O governo preparou diversas ações publicitárias para
conscientizar a sociedade de que racismo é crime e intolerável. Elas
serão vinculadas em sites de notícias e portais dos Ministérios e órgãos
públicos. A campanha também traz um movimento nas redes sociais com a
hashtag #copasemracismo e vídeos que estão sendo exibidos nos canais
abertos de televisões. O objetivo é fazer da Copa no Mundo no Brasil um
símbolo mundial contra o racismo.
Racismo é crime
Há
25 anos, o racismo foi definido na Constituição Federal, pela Lei
7.716/89, como um crime inafiançável e imprescritível no País.
Segundo
a lei, não pode ter a punição paga com fiança e não tem tempo de
validade – e, ainda segundo a Constituição, todos são iguais perante a
lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
Ou
seja, ser impedido de exercer os seus direitos por conta de sua cor,
religião, opção sexual, entre outros, se caracteriza como crime e
precisa ser denunciado, e o primeiro passo é procurar a delegacia mais
próxima e abrir um boletim de ocorrência. Algumas capitais também
possuem telefones específicos para isso.
Denúncias por telefone
Em
São Paulo, por exemplo, onde ocorrerá a abertura da Copa do Mundo,
vítimas de racismo podem ligar para o SOS Racismo, no telefone
0800-77-33-886.
Já no Rio de Janeiro a denúncia pode ser feita através do email racismo@sejdic.rj.gov.br ou pelo telefone 21 2334-5587.
No Distrito Federal, foi lançado no ano passado o Disque Racismo, feito pelo número 154 opção 7.
Em
Pernambuco, há uma central de denúncias com o número 0800 281 9455. Em
Porto Alegre, também cidade-sede do Mundial conta com o 0800-5412333
para receber denúncias do crime.
Fonte: Portal da Copa
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