Protestos mostram que governos devem envolver jovens, diz enviado da ONU

quinta-feira, 25 de julho de 2013

24/07/2013
O enviado especial para a Juventude do Secretariado-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ahmad Alhendawi, disse nesta teça-feira que as manifestações ocorridas no Brasil nas últimas semanas mostram a necessidade de envolver os jovens no debate político. Alhendawi veio ao Rio de Janeiro para se encontrar com participantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
"Os jovens estão mostrando que eles precisam ser diretamente envolvidos nas políticas que afetam suas vidas. E esse envolvimento precisa ser diário. Com as mídias sociais, os jovens reagem, comentam tudo. E eles querem fazer o mesmo com o governo e com as políticas que afetam suas vidas. O trabalho de governantes nunca foi fácil, mas está ainda mais difícil agora. É preciso se abrir, engajar o cidadão", disse.
O encontro de Alhendawi com jovens participantes da JMJ ocorreu na manhã de hoje, na sede da arquidiocese do Rio de Janeiro, na zona sul da capital fluminense. O encontro serviu para conversar com os participantes da jornada e discutir os desafios comuns aos mais de 1,8 bilhão de jovens do mundo, como o acesso a educação e ao mercado de trabalho.
"Acho que a Igreja Católica e os jovens que estão aqui para a jornada são comprometidos parceiros das Nações Unidas. Compartilhamos as mesmas aspirações de que os jovens tenham uma vida digna em todo o mundo. Compartilhamos os mesmos valores e preocupações", disse Alhendawi.
A estudante de Medicina sul-africana Erin Byrne,  21 anos, ressaltou no encontro que, apesar das diferenças culturais entre os peregrinos de dezenas de países que participam da JMJ, todos têm um objetivo comum. "Apesar de só convivermos há poucos dias, pudemos conhecer diferentes pessoas, de diferentes países. Pudemos ver como é possível nos conectarmos e produzirmos igualdade entre diferentes pessoas. E, embora falemos idiomas diferentes e sejamos pessoas diferentes, somos uma só juventude que quer mais paz no mundo", disse.
A estudante de administração francesa Cassandre Le Cozannet, 22 anos, que chegou ao Rio de Janeiro há três meses, para ajudar na organização da jornada, disse que os jovens podem fazer a diferença no mundo trabalhando para melhorar a realidade de sua própria família e de sua vizinhança.
Fonte: Terra

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