Nesta terça e quarta-feira (26 e
27) a Mesa Diretora do Conjuve estará reunida para discutir, entre
outros assuntos, uma campanha para sensibilizar a sociedade e os
parlamentares para a aprovação imediata do Estatuto da Juventude. Leia a
Carta do Conselho em defesa da matéria.
Garantir os direitos da juventude para transformar o Brasil
Neste
início dos anos 10, a juventude brasileira tem diante de si grandes
desafios. Após décadas de luta, nossa geração tem a possibilidade de
traduzi-las em conquistas para o presente e o futuro de nossa gente.
Finalmente temos em vista avanços no combate às enormes desigualdades
que marcam nosso país, que atingem especialmente as/os nossas/os jovens.
É valiosa a conjuntura em que o movimento juvenil brasileiro, com uma
plataforma ousada e transformadora, participa de vitórias concretas como
o financiamento do Plano Nacional de Educação com 10% do produto
interno bruto brasileiro, a lei nacional de cotas nas universidades
públicas e a Emenda Constitucional 65, que inclui a juventude na Carta
Magna como uma prioridade.
Agora nos
deparamos com a oportunidade de efetivar e expandir os direitos da
juventude, com a possibilidade de aprovação do Estatuto Nacional de
Juventude, em tramitação no Senado Federal. Após sete anos de
mobilização juvenil através de conferências, ocupações do Congresso,
blitz e passeatas, esta avançada declaração de direitos, foi aprovada,
em 2011, na Câmara dos Deputados, por meio de um laborioso processo de
discussão mediado pela deputada Manuela D´Ávila, relatora do projeto.
O
Estatuto delimita a faixa etária da juventude, afirma direitos nos
campos da participação, educação, trabalho, igualdade, saúde, cultura,
comunicação, desporto, lazer e meio ambiente e indica a criação do
sistema nacional de juventude. Dentre as principais conquistas em jogo,
estão a afirmação e ampliação do direito à meia-entrada em eventos
culturais e à meia-passagem; o incentivo ao associativismo juvenil; a
universalização da educação básica gratuita e de qualidade, o acesso ao
ensino superior e à educação profissional e tecnológica; a proteção
contra todos os tipos de discriminação; à participação no processo de
produção e acesso a bens culturais e às tecnologias de informação e
comunicação e o acesso a equipamentos públicos para práticas esportivas.
Essa
não é uma batalha qualquer. A possibilidade agora de termos os direitos
da juventude assegurados num marco legal pode ser um vetor de grandes
transformações da situação das/dos jovens, que enfrentam obstáculos
imensos à sua constituição como sujeitos pleno de direitos, que
enfrentam a pobreza, a violência, o extermínio, discriminações,
intolerância, desemprego e a precarização do trabalho.
Reconhecendo
a importância estratégica do Estatuto, o Conselho Nacional de Juventude
(Conjuve) vem acompanhando e contribuindo com o aprimoramento deste
documento e a sua tramitação, desde o percurso iniciado na Câmara
Federal. O acúmulo deste Conselho e a unidade dos movimentos que o
constituem apontam para um sólido consenso, lapidado pelo debate
coletivo e pela luta solidária da juventude.
Nesse
sentido, encaminhamos, para esta Casa, algumas propostas construídas a
partir do diálogo positivo com uma variedade de movimentos, organizações
e entidades representados no Conjuve, com o objetivo de unificar vozes
em defesa da aprovação do Estatuto, nos colocando, mais uma vez, a
postos para a construção dos consensos necessários para o avanço da sua
tramitação.
Desta maneira, acreditamos
dar mais um passo à frente, fortalecendo a luta pela aprovação de um
novo marco institucional e de uma política pública avançada que afirme e
expanda direitos, que assegure uma educação pública, gratuita e de
qualidade, que empodere e transforme de verdade a vida da juventude
brasileira, que combata as desigualdades e construa um projeto de
desenvolvimento social e econômico pleno para a nação.
Ao Senado, às ruas e à vitória!
Ao Senado, às ruas e à vitória!
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