Uma das participantes do Seminário Juventude, Educação e
Trabalho, Luziêt Maria Fontenele Gomes, professora da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), criticou a ausência de discussões
sobre a situação dos jovens privados de liberdade, no evento que é
realizado pela ONG Ação Educativa, nos dias 6 e 7, em São Paulo (SP).
Para ela, que trabalha com programas de educação com jovens presos no
Conjunto Penal de Jequié, na Bahia, o tema deveria ser incluído nos
debates do seminário, já que a maioria dos presos são jovens, com idade
entre 18 e 29 anos, com baixa escolaridade, e que um dia sairão do
presídio sem uma formação escolar e profissional que garanta sua
reinserção na sociedade.
"Precisa de políticas públicas para essa parcela da sociedade que são jovens. O número de mulheres também está aumentando, na maioria das vezes, pelo envolvimento com seus parceiros. Então existem muitas meninas grávidas e aí tem que ter uma política mais efetiva para auxiliar essas pessoas”, ressaltou. Luziêt coordenou o Programa Todos pela Educação (Topa), do governo da Bahia, e relatou a dificuldade em executar ações no Conjunto Penal, pois o tempo disponível para as aulas era de segunda à quarta-feira, mas quando tem inspeção, nenhum pavilhão podia ter aula. "Então no momento que não tem aula, o projeto para. Isso impede que se avance o estudo para esses jovens”, disse.
Além das inspeções, outro impedimento para o estudo tem a ver com os trabalhos realizados pelos/as presos/as dentro do presídio. Ela afirmou que os/as jovens presos/as têm interesse em participar das aulas, mas relatou que a falta de condições técnicas, profissionais e de segurança impedem a realização e continuidade destes trabalhos. "A minha fala é que esses projetos de educação não provocam o todo. Eles só provocam 5%, 2% de uma população [carcerária] de 800 pessoas. E quando esses projetos chegam, eles não chegam na totalidade, porque quando o jovem não tem o domínio da escrita ele não pode participar. Mas a lei garante que todos têm direito à escola, mesmo em situação de privação de liberdade”, alertou.
Fonte: Adital Jovem, por Tatiana Félix
"Precisa de políticas públicas para essa parcela da sociedade que são jovens. O número de mulheres também está aumentando, na maioria das vezes, pelo envolvimento com seus parceiros. Então existem muitas meninas grávidas e aí tem que ter uma política mais efetiva para auxiliar essas pessoas”, ressaltou. Luziêt coordenou o Programa Todos pela Educação (Topa), do governo da Bahia, e relatou a dificuldade em executar ações no Conjunto Penal, pois o tempo disponível para as aulas era de segunda à quarta-feira, mas quando tem inspeção, nenhum pavilhão podia ter aula. "Então no momento que não tem aula, o projeto para. Isso impede que se avance o estudo para esses jovens”, disse.
Além das inspeções, outro impedimento para o estudo tem a ver com os trabalhos realizados pelos/as presos/as dentro do presídio. Ela afirmou que os/as jovens presos/as têm interesse em participar das aulas, mas relatou que a falta de condições técnicas, profissionais e de segurança impedem a realização e continuidade destes trabalhos. "A minha fala é que esses projetos de educação não provocam o todo. Eles só provocam 5%, 2% de uma população [carcerária] de 800 pessoas. E quando esses projetos chegam, eles não chegam na totalidade, porque quando o jovem não tem o domínio da escrita ele não pode participar. Mas a lei garante que todos têm direito à escola, mesmo em situação de privação de liberdade”, alertou.
Fonte: Adital Jovem, por Tatiana Félix
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