Organizada
pela Secretaria Geral da Presidência da República, a Cúpula Social do
Mercosul fechou a quarta-feira com o tema do Ano da Juventude no
Mercosul, que vai de julho de 2012 a julho de 2013. Presidente da
Organização Ibero-Americana da Juventude (OIJ) e Secretária Nacional de
Juventude do Brasil (SNJ), Severine Macedo ressaltou a importância de se
ampliar a visibilidade do tema.
Severine
criticou a “invisibilidade total” que os jovens tinham dentro dos
governos do Mercosul. “Porém, a mudança para os governos progressistas
ampliaram a inclusão social e a emancipação da juventude. Não só pela
sensibilidade dos governos, mas pela mobilização dos próprios jovens. Os
governos precisam entender os jovens como sujeitos estratégicos”,
disse.
Federico
Montero, representante da Casa Pátria Grande – Presidente Nestor Carlos
Kirchner, começou sua intervenção apresentando um vídeo com ações
importantes do ex-presidente argentino nas relações com diferentes
países da região. Ele pediu “um modelo de desenvolvimento alternativo ao
neoliberalismo, que garanta a justiça social e a soberania e amplie a
democracia”, além de uma maior participação dos jovens nas mudanças
políticas. “A presidente Cristina Kirchner diz que o melhor lugar para a
juventude é a política, e, no ano de juventude, é onde vamos estar”,
afirmou.
O
jovem Aldo Gimenez, do Conselho Permanente de Organizações Sociais e
Populares do Paraguai, lembrou que, apesar de seu governo estar suspenso
do Mercosul, o povo paraguaio está presente na Cúpula Social
representando o país. “Não podemos implementar um Estado de democracia
com um governo golpista. Não sabemos se haverá eleições sem fraudes em
2013 com o governo de Federico Franco”, disse.
Representando
o Brasil, Manuela Braga, do Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE),
saudou a juventude venezuelana, tanto pela entrada recente do país no
bloco, como pela re-eleição do presidente Hugo Chávez. Citou o Paraguai
como um “símbolo do retrocesso da democracia, em um momento que
conseguimos avançar em muitos outros países”.
Manuela
comemorou a aprovação da destinação de 100% dos royalties futuros do
petróleo para a educação brasileira e pediu o reconhecimento dos jovens
como um fator estratégico para o desenvolvimento do Brasil e da América
Latina. No entanto, fez sua crítica: “A juventude precisa participar
mais dentro dos fóruns que temos. Porque estamos apenas engatinhando na
participação da juventude na definição de políticas públicas”.
O
representante do movimento sindical do Uruguai, Martín Pereira, também
pediu o resgate do papel da juventude nas mudanças pelas quais a América
Latina está passando e criticou o sistema capitalista, que “vê a
juventude como mercadoria, um negócio, segundo ele.
Fonte: Socail Mercosul (www.socialmercosul.org)
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