A Secretaria-Geral da Presidência
da República e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial (Seppir) apresentarão o Plano Juventude Viva aos representantes
de entidades e conselhos, nos dias 27 e 28 de novembro. As ações do
Plano incluem programas e iniciativas voltados à redução da
vulnerabilidade da juventude negra à violência e à garantia de seus
direitos. Na manhã do dia 28, será realizada reunião com a sociedade
civil para definição dos próximos passos da estratégia de implementação
do Plano, tais como a constituição da Rede Juventude Viva.
Os homicídios são hoje a
principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos no Brasil e atingem
especialmente negros do sexo masculino, moradores das periferias e áreas
metropolitanas dos centros urbanos. Dados do Ministério da Saúde
mostram que mais da metade (53,3%) das 49.932 vítimas de homicídios em
2010 no Brasil eram jovens, dos quais 76,6% pretos e pardos e 91,3% do
sexo masculino.
Prevenção
- O Plano Juventude Viva reúne ações de prevenção que visam reduzir a
vulnerabilidade dos jovens em situações de violência física e simbólica,
criando oportunidades que garantam a inclusão social e a autonomia; a
oferta de equipamentos, serviços públicos e espaços de convivência em
territórios que concentram altos índices de homicídios. Outro eixo de
atuação é o aprimoramento da atuação do Estado no enfrentamento ao
racismo institucional e na sensibilização dos agentes públicos para a
questão. O Plano começou a ser implementado em Alagoas em setembro deste
ano e será expandido para outros cinco estados no primeiro semestre de
2013.
O
Juventude Viva foi construído por meio de um processo participativo,
com o envolvimento dos movimentos juvenis; do movimento negro, de
representantes do Hip Hop, de especialistas em segurança pública e pelos
diálogos com atores governamentais, nas esferas federal, estaduais e
municipais. A execução envolve, além da Secretaria-Geral e a Seppir, os
ministérios da Justiça, Saúde, Educação, Trabalho e Emprego, Cultura e
Esporte, em conjunto com os estados, municípios, sociedade civil, Poder
Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública, entre outros
parceiros.
Fonte: Boletim Em Questão
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