quarta-feira, 31 de março de 2010

André Quintão critica governo do Estado





O deputado estadual André Quintão (PT-MG) criticou, nesta terça-feira, em plenário, a forma como o projeto 4.387/2010, que concede reajuste de vencimentos de 121 carreiras do Executivo, foi apresentado pelo governador à Assembleia Legislativa. Para André, faltaram maior debate político, diálogo com os sindicatos, participação popular para que o projeto fosse analisado cuidadosamente e o Legislativo pudesse, de forma transparente, debater o impacto financeiro dessas medidas , além de questionar ações como o reajuste e a retroatividade diferenciados para algumas categorias.



“Esse projeto foi apresentado a toque de caixa. Votamos a favor no primeiro turno, mas deixo claro que é um voto crítico. O processo deste projeto 4.387 não é o adequado para uma democracia que valoriza o diálogo, a participação popular, a transparência. Não foram feitas discussões prévia e respeitosa com os sindicatos, com as categorias. Apresentamos emendas, mas fomos derrotados. Ficamos impossibilitados de fazer uma discussão mais ampla porque esse projeto chegou a toque de caixa em função do prazo eleitoral. Ou votávamos a favor dese jeito, ou o reajuste aos servidores seria zero”, afirma o deputado.



Outro destaque foi a pouca valorização de algumas categorias, principalmente a educação, cujo patamar remuneratório dos professores não condiz com as reais necessidades dos profissionais. Para o deputado, não é possível valorizar a política pública de educação se não houver avanços no investimento e uma maior valorização do capital humano.



“Em Minas Gerais, um professor que tem mestrado, doutorado, que fez inúmeros cursos, tem um salário de início de carreira de R$ 908. Com um salário desses qual o é o estímulo para que profissionais qualificados como esses ingressem e continuem no Estado?”, questiona. André afirma que é uma afronta à categoria ter um piso real atual que varia de R$ 336 a R$ 410. “O salário só chega a R$ 930 porque há uma parcela complementar, um abono, sobre o qual não incide nenhuma vantagem. Os profissionais da educação merecem uma remuneração justa, digna, com debate político e uma recomposição que leve em conta a importância da categoria”, lembra.

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