Presidente Dilma na cidade de Divinopolis

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Foto candidato 55,49%´- Dilma 70.325 VOTOS Foto candidato 44,51%- Aécio 56.409 VOTOS Diferença a favor da Dilma: 13.916 votos de frente Hoje, de fato, é um dia de muitas alegrias. Hoje estou comemorando não só a vitória da minha candidata, mas o que essas eleições representaram para o povo brasileiro. Há mais dois meses, quanto a campanha começou a esquentar, ouço falar da forma agressiva e inescrupulosa que o PT vinha conduzindo as eleições. Me abstive de comentar à época porque era preciso conhecer de fato os ataques para avaliarmos, como o povo brasileiro avaliou ontem, até onde denúncias e ataques são reais ou não. A disputa faz parte do jogo democrático. A inverdade não. Tenho para mim que as redes sociais tiveram papel fundamental nessas eleições. Isso porque com tantos ataques e denúncias, a maioria infundadas e sem comprovações, vindas da mídia, de forma irresponsável, condenando, mais uma vez, o jornalismo brasileiro a decadência, essas mesmas redes foram o meio de comunicação, para além das brincadeiras, ironias (muitas de mal gosto), que ajudaram a consolidar o fluxo democrático da informação. E é nesse ponto que avalio que essa campanha avançou. Avançamos para enxergarmos, e já venho defendendo isso a alguns anos, que a mídia perde cada vez mais espaço e vira instrumento partidário, assim como vários coleguinhas da imprensa, para defender interesse de poucos e tentar manipular muitos. Mas, a população brasileira amadureceu. A internet, graças aos governos Lula e Dilma, foi democratizada. Seja por Iphones ou smartphones, as pessoas acessam todo tipo de informação. E fazem suas próprias análises. E é isso que esteve em jogo ontem. Sobre a corrupção, ponto chave que a maioria dos que defendiam Aécio, ou simplesmente condenaram o PT, afirmo que, infelizmente, faz parte da alma humana e que não podemos afirmar que a corrupção será exterminada. É de extrema inocência os que desejam isso. Não podemos popularmente como se diz colocar a “mão no fogo” por todas as pessoas, sejam políticos, familiares, amigos. O que podemos fazer, e Dilma sempre fez, é deixar que investiguem, colaborar no que pudermos e, baseado em provas, deixar que a Justiça faça a sua parte. Não adianta negar a corrupção. Ela existe e está no meio de nós nas menores ações da vida. É preciso é combate-la e puni-la. Outro ponto que é possível e para coibir ao máximo a corrupção, no caso da política, é erguer a bandeira da reforma política. Precisamos avançar nesse sentido. Somente acabando com o financiamento empresarial é que acabaremos com os interesses econômicos nas eleições que financiam (todos) candidatos e a corrupção. Mas não para por aí. Precisamos sim ir para a rua para lutar por outra bandeira que libertará parte da população que ainda se guia por meios de comunicação que se tornaram meros panfletos partidários. É preciso retomar o jornalismo independente e imparcial. E somente uma Regulamentação da Mídia conseguirá minimizar o aparelhamento partidário que a maioria dos meios de comunicação se tornou. Fora isso, defendi o Governo Lula, defendi o Governo Dilma e defendo o PT. Por que? Não é porque tenho uma boquinha no governo, como muitos tentaram desqualificar. Não tenho. É porque acredito que apesar de todos os problemas de gerir um Estado, e aponto aqui (e sempre critiquei isso) a inabilidade política e de diálogo deste atual governo, conseguimos avançar em pontos importantíssimos para o desenvolvimento social e econômico do nosso país. Eu pude viver a criação do Fome Zero, do Bolsa Família, seus avanços e fracassos de gestão, as diversas políticas inclusivas dos governos do PT, e a condução da política econômica. Não, não estamos em crise. Não, não vivemos no mundo de Sofia. E nunca viveremos porque não somos uma ilha. As políticas de transferência de renda são importantíssimas porque representam o passo inicial não só para garantir o mínimo necessário para a sobrevivência (e muitas vezes me perguntei como que uma pessoa consegue viver com R$ 50, R$ 100), mas uma nova movimentação na economia local, que gera uma cadeia de fato virtuosa de crescimento, com geração de empregos, novas oportunidades de pequenos negócios, melhoria de vida, oportunidades de conhecimento. É assim que o mundo gira e é assim que o Brasil girou e virou o disco da miséria. Há muito o que avançar. Mas estamos no rumo certo. Tenho certeza que o PT fará suas análises, frente ao resultado das urnas. Críticas são peças importantes para o amadurecimento político da gestão, das alianças e da condução política de todas as ações que permearão o governo daqui pra frente. E a cada derrota que temos é mais um golpe para acabar com a soberba e a arrogância, que existe de todos os lados, e que também é da alma humana. E que tomemos como lição do dia a dia que sim, essa mesma soberba, arrogância, e principalmente, hipocrisia é que levam a política a negação, o povo ao ódio e ao preconceito, e segrega um País. Vamos em frente, com autocrítica de ambos os lados, políticos ou não. Vamos participar da vida política do nosso país porque a negação a ela não nos fará avançar. Não é o individualismo que trará ao Brasil mais desenvolvimento. Avante!

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