Vladimir tenta ludibriar servidores municipais que não aprovam sua proposta e marcam paralisação com indicativo de greve

terça-feira, 26 de março de 2013





A epopéia do inicio das reivindicações dos servidores municipais de Divinópolis começou no Longínquo 14 de novembro de 2012, quando o SINTRAM fez duas paralisações, uma na parte da manhã e outra à tarde, para protestar contra as terceirizações nas áreas da saúde e educação. Nesta ocasião foi marcada para o dia 14 de dezembro a primeira Assembléia para falar do aumento da categoria – Passados quatro meses, depois de vários adiamentos e pedido de tempo. Nesta segunda-feira (25), data em que os servidores esperavam uma resposta que foi prometida pelo governo na Assembléia anterior. Eis que, novamente, o prefeito Vladimir Azevedo pediu um novo prazo. Não para apresentar uma proposta concreta para as duas reivindicações mais urgentes da categoria, salário e vale alimentação, mas sim para iniciar um processo de conversação constituindo comissão para dialogar – Foi chamado por alguns servidores de “cara de pau” e “enrolador”





A Assembléia começou as 17h30min na Câmara de Divinópolis, com a presença do presidente da FESEMPRE – Federação Interestadual dos Servidores Públicos Municipais e Estaduais, Aldo Liberato, que em entrevista ao Divinews falou da legitimidade do movimento dos servidores e sobre o direito de greve.



Como sempre, exceto Edmilson (PT) e Anderson Saleme (PR), nenhum outro vereador apareceu no plenário para se solidarizar com os servidores públicos.



Alberto Gigante, um dos diretores do SINTRAM, desmentiu a informação dada pelo próprio Divinews de que exista qualquer negociação em andamento com relação a utilização de vale alimentação especificamente do ABC. E que isto não passa de especulação.



A seguir, Gigante informou que a data base da categoria em seu entendimento é no mês de maio, mas que, estrategicamente o sindicato sabedor do processo de empurra, resolveu iniciar as negociações bem antes.



Foi relatado afinal, qual foi o teor da conversa do encontro que o SINTRAM, representado pelo presidente João Madeira, além de outros dois componentes da comissão, Luciana e professor Cunha tiveram com o prefeito e sua equipe. Segundo relato do Gigante, não foi feita nenhuma proposta, a não ser pedir que acontecesse uma outra rodada de “negociação” no próximo dia 9 de abril para que fosse formada uma comissão (que já existe) para discutirem as reivindicações. A impressão que o sindicato passou é que somente a partir de 9 de abril é que as negociações começariam. Como o prefeito até então não tinha participado de nenhuma das reuniões anteriores. Não estava valendo, a partir da última sexta-feira (22) é que passaria a valer. Com Vladimir já pedindo tempo e estrategicamente pedindo a constituição de uma comissão.



Inicialmente, alguns diretores do SINTRAM acharam que seria viável o pedido que o prefeito estava fazendo, até para não acirrar os ânimos. Mas foram vencidos na votação.



A servidora Fernanda, da educação, questionou se o prefeito não tinha recebido os ofícios, se ele também não sabia que já existe uma comissão constituída. “E por que ele agora quer que seja formada uma comissão e determina quantas pessoas pode ir conversar com ele - Chega, já sabemos como isto funciona”



Cirlene, também da educação: “Para mim já era previsível que isto acontecesse. Ele é um tremendo cara de pau. Agora ele ficará empurrando até maio”



Foi levantado pelo professor Cunha que o Executivo enviasse para a Câmara um projeto modificando a data base da categoria para janeiro, para que daqui pra frente não houvesse mais o problema da data base. Ao dizer que precisaria dos vereadores, o plenário achou engraçado já que a maioria dos vereadores da Câmara é do prefeito.



Mais uma vez foi relatada a perseguição que os servidores do Pronto Socorro sofrem e que por esse motivo eles não estavam participando da Assembléia com medo de serem transferidos e perderem a gratificação, pois são perseguidos.



Cirlene, a mais destemida servidora, afirmou que isto que ocorre no Pronto Socorro é sério e que precisa de providências. E continuou; “Um dos governos mais difícil para os servidores até então era o Galileu, mas o Vladimir em tirania está colocando ele no chinelo – É obvio e claro que este prefeito está nos enrolando”



Depois de várias outras colocações de revolta e indignação dos servidores, Chegaram a conclusão que a resposta ao prefeito tem que ser radical. Ou se posicionam agora, ou passarão quatro anos engolindo os desmandos desta gestão. Concluíram que o governo gosta mesmo é de marketing, fazer publicidade do que fez e o que não fez. Tudo coloca no jornal, antes mesmo de realizar. E que é bem possível que ele coloque no jornal que quer dialogar, quer conversar e a categoria se mostra irredutível ao diálogo. Sugeriram até em fechar a Rua Pernambuco, pois, já que ele vive de imagem, ela ficaria mais desgastada do que está.



Um dos participantes disse que a população já está inflamada contra o governo, “é só colocar fogo que ela (população) explode” e concluiu com um fato tragicômico: “Eu nunca vi fila para assinar abaixo assinado, normalmente você tem que ir atrás para as pessoas assinarem. Ali embaixo, o povo não quer nem saber pra que é o abaixo assinado.É contra o Vladimir todo mundo está assinando” (Referindo-se ao quarteirão fechado da Rua São Paulo em que o Movimento Compromisso Com Divinópolis está colhendo assinatura para o impeachment de Vladimir).



Ao final, na hora de votar as propostas e concluir a Assembléia com uma deliberação final, os ânimos ficaram democraticamente meio exaltados entre alguns membros do SINTRAM e os servidores. Mas, acabou prevalecendo o espírito corporativo e de união para atingirem os objetivos.



Solicitaram ao Executivo que antecipe a reunião do dia 9 para mais cedo que inicialmente foi marcada (14 horas) e farão uma paralisação com indícios de greve dependendo da resposta que o prefeito vai dar.


Fonte:DiviNews






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