Unidades móveis de teste rápido de aids estarão disponíveis nas 27 capitais até 2014

segunda-feira, 4 de março de 2013


Além dos testes, a equipe que trabalha no trailer dá informações e apoio às populações mais vulneráveis à doença.


Unidades móveis de teste rápido de aids estarão disponíveis nas 27 capitais até 2014  - O Ministério da Saúde vai disponibilizar, até o fim de 2014, unidades móveis de testagem rápida e gratuita de HIV/aids a todas as 27 capitais do Brasil. O público-alvo do trailer são gays, homens que fazem sexo com homens e travestis, mas o teste pode ser feito por qualquer pessoa interessada.
O ministério inaugurou um trailer no Rio de Janeiro. As cidades de Brasília, do Recife e de São Paulo já contam com o equipamento de testagem voluntária, que é parte do Projeto Quero Fazer, iniciado em 2011 pela organização não governamental (ONG) Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada (Epah), com o apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
O diretor adjunto do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa, que participou da inauguração do novo trailer, explicou que o trabalho está sendo desenvolvido em parceria com prefeituras e governos estaduais. "Estamos adquirindo 12 trailers para as capitais-sedes dos jogos, já na Copa das Confederações. E até o fim de 2014 pretendemos montar essa estrutura para atender especialmente ao público de gays, travestis, profissionais do sexo, mas também ao público em geral."
No Rio, o trailer será o segundo ponto de aconselhamento e testagem. O primeiro funciona na sede do Grupo Arco-íris, desde 2011. No ano passado, nas quatro cidades em que o projeto atua (Brasília, Recife, São Paulo e Rio de Janeiro), foram realizadas 8.389 ações de aconselhamento e testagem, sendo 309 com resultados positivos. Desde o início das atividades, foram realizados 15.237 testes nas quatro capitais.
Além dos testes, a equipe que trabalha no trailer dá informações e apoio às populações mais vulneráveis à doença. O coordenador do projeto, Beto de Jesus, explicou que a iniciativa tem dado capilaridade ao Sistema Único de Saúde (SUS), pois chega a pessoas que, geralmente, têm medo de sofrer preconceito e evitam a rede pública para fazer o exame. "Trabalhamos com horários alternativos, à noite, aos domingos, quando as unidades de saúde estão fechadas. E também vamos onde essa população está. Muitas vezes, o estigma e a discriminação impedem que essas pessoas sejam atendidas na rede pública."

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