Pnud reconhece resultados obtidos pelo Brasil no combate à miséria

sexta-feira, 15 de março de 2013







Relatório lançado nesta quinta-feira (14) aponta avanços nos últimos dez anos na superação da extrema pobreza, na geração de renda e na ampliação do acesso ao mercado de trabalho



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Ubirajara Machado/MDS







Ministra Tereza Campello e ministro Aloizio Mercadante destacam avanços apontados em relatório do PnudBrasília, 14 – O Relatório de Desenvolvimento Humano 2013, divulgado nesta quinta-feira pelo Programa das Nações Unidades para o Desenvolvimento (Pnud), reconhece os avanços brasileiros nas áreas de educação e saúde. Mesmo assim, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil cresceu pouco, passando de 0,728 para 0,730. Com isso, o país se manteve na condição de alto desenvolvimento humano, na 85ª posição entre todos os membros da Organização das Nações Unidas (ONU). O governo brasileiro contesta essa colocação por entender que o Pnud usa dados desatualizados, no quesito educação, para estabelecer o ranking.



Em entrevista coletiva nesta quinta, no Palácio do Planalto, os ministros do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e Aloizio Mercadante, da Educação, apontaram que os dados utilizados no cálculo do IDH estão defasados para o Brasil e diferenciados entre os países. Em educação, as informações são de 2005 e oriundas de fontes não reconhecidas pelas agências de estatística nacionais.



Além disso, segundo o governo federal, o Pnud não leva em conta a legislação brasileira, que estabelece como obrigatório o ensino para crianças a partir de 5 anos. “Só no indicador Anos de Escolaridade Esperados, foram tirados da sua composição 4,6 milhões de crianças que hoje estão na pré-escola. O Pnud também não considera que o ciclo do ensino fundamental no Brasil é de nove anos e ainda trabalha como se fosse de oito anos”, disse Aloizio Mercadante. A atualização desse indicador permitiria que o país subisse 20 posições no ranking do IDH.



Para Tereza Campello, a avaliação do IDH é injusta com o Brasil. “As ações que realizamos nestes últimos anos foram impactantes, mudaram a realidade do país. Por isso, queremos debater essa revisão com o Pnud. Queremos que no próximo ano eles utilizem dados mais atuais e confiáveis, para que o relatório realmente possa representar todo o trabalho que o país faz para promover o desenvolvimento humano.”



Análise qualitativa – Segundo Tereza Campello, a primeira parte do estudo do Pnud, que apresenta uma análise qualitativa do desenvolvimento humano no mundo, com uma avaliação mais aprofundada da cooperação Sul-Sul, traz referências muito elogiosas ao Brasil. “Ao que fizemos nestes 10 anos [de governo]. Inclusive somos citados como modelo para um novo paradigma de desenvolvimento, o desenvolvimento inclusivo, atuando na promoção social e na redução das desigualdades.”



Assim como o Brasil, os resultados alcançados pela Índia e China, bem como Bangladesh, Ilhas Maurício e Turquia, estão remodelando as ideias sobre como promover o desenvolvimento humano, o que inclui, conforme consta no relatório, o “aprofundamento do papel do Estado, dedicação ao bem-estar social e incentivo ao mercado e inovação empresarial”.



A redução da pobreza no Brasil também é ressaltada no relatório do Pnud, por meio de ações de transferência de renda, geração de renda na área rural e acesso ao mercado de trabalho. “Esses programas revolucionaram a esfera administrativa e o empoderamento feminino, desenvolvendo canais de distribuição inovadores, como a bancarização com cartões magnéticos. O resultado tem sido a queda substancial da pobreza e extrema pobreza e a redução da desigualdade”, diz o estudo.



O país também ganha destaque no reforço da cooperação Sul-Sul, tanto realizando cooperações técnicas para levar programas sociais a outros países, como no apoio à internacionalização das empresas brasileiras, que ampliam seus investimentos nas nações em desenvolvimento.



Ascom/MDS

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