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Levantamento
feito no Hospital Universitário (HU) da Universidade de São Paulo (USP)
indica que, de 2002 a 2012, adolescentes e jovens de 13 a 22 anos
compuseram a faixa etária que mais procurou atendimento em decorrência
de intoxicação aguda por ingestão de álcool: foram 35% dos 1.370
atendimentos. "O contato com bebidas alcoólicas tem sido cada vez mais
precoce. Há pesquisas indicando que a cada cinco anos aumenta a dosagem
que eles ingerem e diminui a idade do uso", afirma o médico pediatra
João Paulo Becker Lotufo, coordenador do levantamento no HU.
Propaganda –No último
sábado (16), durante o 13º Congresso Paulista de Pediatria, em São
Paulo, a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) aderiu a uma campanha,
que envolve uma petição pública, que defende mais restrições nas
campanhas publicitárias de bebidas alcoólicas. "No Brasil, ainda não
temos estudos claros sobre a relação entre a publicidade e o consumo de
bebidas. Mas artigo recente da [revista] Pediatrics, dos
Estados Unidos, divulgou pesquisa que acompanhou a rotina de estudantes
adolescentes. Os dados mostraram relação íntima entre o que eles
consumiam e o que viam em propagandas, sobretudo de cerveja", afirma
Eduardo Vaz, presidente da SBP. Segundo os médicos, o cérebro dos
adolescentes ainda está em formação e o efeito do álcool neles pode ser
pior do que em adultos.
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