Resultados do estudo “Indicadores
de Desenvolvimento Brasileiro” comprovam que o Brasil se tornou
referência mundial no combate à pobreza e à desigualdade.
O
levantamento, que demonstra a relação entre as políticas públicas
brasileiras e a aceleração do desenvolvimento humano no país de 2001 a
2011, foi realizado pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) em parceria com os Ministérios do Planejamento,
Desenvolvimento Social, Educação, Saúde, e o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Além
de destacar a agenda de universalização de direitos sociais e a
inclusão de segmentos populacionais historicamente excluídos, o estudo
avalia que foram importantes as decisões de política econômica no
sentido de fortalecer o mercado interno. Essas ações foram executadas de
forma articuladas entre as três esferas de governo e com participação
social. “A realidade não é mais a mesma. O nosso desafio agora é dar o
passo seguinte, as políticas complementares, com o mesmo objetivo, mas
que exigem novas ações”, diz a ministra do Planejamento, Miriam
Belchior.
De acordo com a publicação,
o crescimento econômico da última década beneficiou de forma mais
significativa a população de renda mais baixa e contribuiu para reverter
a histórica desigualdade regional no país. Entre 2001 e 2011, a renda
dos 20% mais pobres aumentou em ritmo sete vezes maior do que a dos mais
ricos (5,1% ao ano em média acima da inflação ante 0,7%). A renda média
domiciliar per capita mensal dos 20% mais pobres passou de R$ 102 em
2001 para R$ 167 em 2011.
A elevação
da renda familiar, em especial nas regiões mais pobres, levou à redução
da extrema pobreza no Brasil. Entre 2001 e 2011, a população com renda
domiciliar per capita até US$ 1,25 por dia recuou de 14% para 4,2%,
percentual bem abaixo da meta estipulada pelos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (12,8%). Além disso, a renda da população
mais pobre foi se aproximando, em termos relativos, da linha
internacional de pobreza ao longo do período: a distância entre a renda
dos mais pobres e a linha reduziu-se de 6% para 2,3%.
Na
análise das Nações Unidas, esses resultados na promoção da inclusão
social se deram na medida em que os recursos orçamentários foram
dirigidos de forma crescente em políticas sociais. Essa movimentação foi
realizada tanto no fortalecimento da educação, saúde, trabalho,
assistência e seguridade social, como nos programas de transferência de
renda, de fomento ao agricultor familiar, e de garantia à segurança
alimentar. “O país apresentado por Josué de Castro em Geografia da Fome
(mostrando que esse era um fenômeno cultural, impossível de ser
revertido) hoje é o país da fome zero”, afirma o representante do PNUD
no Brasil, Jorge Chediek.
Outro
fator distintivo do período recente é o resgate da atuação do estado
brasileiro como investidor e como indutor do investimento privado, o que
tem permitido a eliminação de gargalos ao desenvolvimento econômico e
social. Nesse processo, segundo o estudo, o mercado interno, com consumo
e investimento doméstico, tornou-se o principal motor do crescimento
econômico, contribuindo para reforçar, ainda mais, a expansão da renda.
Para Jorge Chediek, “os dados são realmente muito expressivos, mostram
um país que tem melhorado muito. O modelo de desenvolvimento brasileiro é
muito reconhecido em nível internacional”, afirmou o representante do
PNUD.
Na avaliação da ministra Tereza
Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, essa mudança não
resulta somente de uma estabilidade econômica, mas de um esforço
gigantesco feito pelo Brasil, em uma aposta na área social. “Esses dez
anos de indicadores nos dá confiança de que esse é o caminho certo, e é
nesse caminho que nós vamos avançar”, declarou a ministra.
Com informações do “Em Questão” e TV Brasil
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