Busca por independência leva jovens a concursos

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Busca por independência leva jovens a concursos

 
Em busca de independência, estabilidade e salários acima do mercado, jovens brasileiros começam a fazer concursos públicos cada vez mais cedo. Enquanto alguns saem do Ensino Médio direto para os cursos preparatórios, outros se dividem entre as aulas da faculdade e os estudos para os processos seletivos.
Para Juarez Lopes, especialista do Instituto de Otimização da Mente (IOM), o candidato que consegue ingressar ainda jovem na carreira pública tem algumas vantagens. Caso ainda não tenha se formado, o jovem servidor terá mais segurança e recursos financeiros para entrar na universidade e, além disso, poderá se preparar com calma para concursos maiores. O único risco, segundo Juarez, é a acomodação.
“Depois que o candidato é aprovado, há grandes possibilidades de se acomodar no cargo de Nível Médio e desista de investir em concursos melhores ou até na profissão dos seus sonhos”, alerta.
A estudante Jéssica Clara Silva, 18 anos, começou a estudar para concursos quando ainda estava na escola. Agora, com Nível Médio completo, ela pretende fazer faculdade de Direito e, no futuro, tentar carreira no Poder Judiciário.
“Percebi que o mercado de trabalho é muito instável e que o desemprego continua sendo uma ameaça até mesmo para profissionais superqualificados. Sem dúvida, a carreira pública ainda é um dos melhores caminhos para dar início à minha independência”, explica Jéssica.
Casada, a jovem Thalita Dall'Armi, 19 anos, tem a família como prioridade. À procura de estabilidade e bons salários, ela desistiu do sonho de estudar Direito para fazer concursos. “Minha meta é ser aprovada em algum concurso até os 21 anos. A carreira pública vai me dar estabilidade suficiente para realizar alguns sonhos, como comprar minha casa própria e ter filhos”, conta a estudante.
Rotina de estudos exige maturidade
Jovens que ingressam cedo no universo dos concursos públicos devem ter maturidade para manter a rotina de estudos. Para Juarez Lopes, especialista do Instituto de Otimização da Mente, a dica é procurar equilíbrio entre o tempo de lazer e estudo.
Os candidatos devem dividir o tempo em 10 minutos de descanso para cada 50 minutos de estudo. “É preciso estar focado por inteiro no estudo. Ou seja, se a pessoa estiver estudando, estude, se estiver descansando, descanse, se estiver se divertindo, divirta-se. Não misture as atividades”, aconselha Juarez.
A estudante Jéssica Silva optou desde cedo por uma rotina rigorosa de estudos. “Enquanto estava na escola, assistia às aulas de manhã e estudava para o concurso à tarde. Durante a noite, revisava para o vestibular e o Enem, aproveitando o tempo livre apenas aos finais de semana. Após concluir o Ensino Médio, passei a estudar no mínimo 6 horas por dia”, conta.
Fonte: O Dia

0 comentários: