Essas cidades têm, na média dos bairros pesquisados, o LIRA (índice que aponta a infestação de residências por larvas do mosquito Aedes aegypti) acima de 3,9
Essas cidades têm, na média dos bairros pesquisados, o LIRA (índice que aponta a infestação de residências por larvas do mosquito Aedes aegypti) acima de 3,9. Assim, se nada for feito para reduzir o grau de infestação, esses municípios estarão mais sujeitos ao aumento de casos e de mortes.
Outros 375 municípios estão em alerta para a doença (incluindo Rio de Janeiro e Vitória), e 787 foram considerados satisfatórios (como São Paulo). No total, 1.239 cidades foram pesquisadas.
O estudo é visto como uma "fotografia" pelo ministério, pois deve ser alterado com o aumento das chuvas e pelo impacto de ações de vigilância.
"Não significa que não tenhamos outro cenário, é uma fotografia do momento. [Com o aumento das chuvas] esperamos que cresça o número de municípios no primeiro semestre [de 2013] em risco (...) Certamente teremos municípios com epidemia", disse o ministro Alexandre Padilha (Saúde).
Padilha comemorou a queda no número de casos graves e de mortes pela dengue no país desde 2010, ano que registrou o recorde da dengue.
De forma geral, foram 3.774 casos graves registrados em 2012, contra 10,5 mil em 2011 e 17 mil em 2010. E 247 pessoas morreram neste ano pela doença, contra 481 em 2011 e 650 em 2010.
Nova ferramenta
O ministério, em parceria com o IBGE, vai começar a utilizar o mesmo aparelho usado no Censo 2010 para transmitir as informações da vigilância (como a presença de larvas do mosquito nas casas) a partir do final deste ano e início do próximo.
Segundo o secretário de vigilância em saúde da pasta, Jarbas Barbosa, a expectativa é acelerar a troca de informações e a reação dos gestores a elas com a implantação do sistema -primeiro em 51 municípios, incluindo todas as capitais e regiões metropolitanas.
Crime contra a saúde
Um dos principais riscos, este ano, para um eventual aumento de casos e mortes por dengue é a transição política em municípios onde não houve a reeleição, avalia o ministério.
"Chamamos a atenção para que as ações de controle não sejam interrompidas neste período, como a organização da atenção à saúde e a capacitação. O Ministério da Saúde considera que seria um ataque à saúde pública, um crime, qualquer atitude de interrupção desse caminho, que está correto", afirmou Padilha.
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