22.10.2012 - Enfrentamento à violência contra os jovens negros será foco dos debates programados pela CUT

quarta-feira, 24 de outubro de 2012



O enfrentamento à violência contra os jovens negros será foco principal dos debates nos eventos programados pela Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP) e pelos movimentos sociais para comemorar o Dia da Consciência Negra no próximo 20 de novembro.
Em reunião na manhã de quinta-feira (18) na sede da CUT-SP, representantes de várias entidades do movimento negro e de sindicatos filiados à Central apresentaram e discutiram propostas de atividades políticas e culturais, e a necessidade de refletir e reivindicar medidas de combate à crescente mortalidade da juventude negra foi uma preocupação apontada por todos os participantes. "Não há nenhuma medida contra a violência que atinge a população negra. O movimento negro tem feito várias ações para tentar mudar essa situação, mas não tivemos nenhuma resposta da Polícia Militar ou do Ministério Público Estadual paulista”, alertou Rosana Aparecida da Silva, secretária de Combate ao Racismo da CUT-SP.
No final de setembro o governo federal lançou a primeira etapa do Plano de Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra (Juventude Viva) que prevê diversas ações voltadas aos jovens, como a adoção do período integral nas escolas estaduais e criação de espaços culturais. O Plano prevê ainda a capacitação dos profissionais que atuam com a juventude, incluindo os policiais militares. Na avaliação de Rosana, "o Plano deve ser implementado em São Paulo com urgência, pois os principais alvos da violência têm sido os jovens negros". Além das diversas mortes recentes em conflitos envolvendo a Polícia Militar no Estado de São Paulo, dados do Ministério da Saúde revelam que 53% dos assassinatos do país têm jovens como vítimas e, do total, mais de 75% são negros.
Outra medida, em fase de estruturação pela CUT-SP, é a criação de um órgão da própria Central para receber e apurar denúncias de discriminação racial sofrida pelos trabalhadores e trabalhadoras, dando o encaminhamento jurídico necessário a cada caso. 
Com informações da CUT Nacional

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