País tropical desenvolvido, universidade e juventude

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O novo ministro da ciência e tecnologia, Aloízio Mercadante, declarou em sua posse que o Brasil pode ser o primeiro país tropical a se tornar desenvolvido. Em entrevista ontem, no Estadão, ele refoçou a linha: "temos de focar na inovação como o grande desafio da indústria e da economia brasileiras. A questão da sustentabilidade e a questão da sociedade do conhecimento são grandes desafios". E como fez questão de ressaltar a presidenta Dilma em seu discurso de posse no Congresso Nacional, "Somente com avanço na qualidade de ensino poderemos formar jovens preparados, de fato, para nos conduzir à sociedade da tecnologia e do conhecimento".
Mercadante vai além: "o que interessa é inovar, e a gente não inova sem parceria com a iniciativa privada. As empresas brasileiras investem pouco em pesquisa e desenvolvimento: 0,51% do PIB. No Japão, ele é de 2,7% (...)O porcentual de investimento em pesquisa e desenvolvimento dos setores público e privado está em torno de 1,25% do PIB. Para chegarmos à meta de 1,5%, a verba para o setor precisa crescer 10% ao ano. É ambicioso, mas possível. A recomendação da 4.ª Conferência de Ciência e Tecnologia é chegarmos a algo entre 2% e 2,5% em uma década. Essa ambição histórica o Brasil tem de ter"
Educação, desenvolvimento científico e tecnológico são a base. Não vamos em frente se não mudarmos a qualidade da educação básica e, para ambos, temos pré-sal. E podemos ter pré-sal mais bônus demográfico, mas esse assunto já batemos por demais.
Precisamos discutir o papel da juventude, mas também dela dentro das universidades.
Para dar mais combustão a esse "boom" potencial, temos que rediscutir a relação entre universidade e empresa, financiamento da pesquisa e pesquisadores. China, Coréia e Japão, por exemplo, se desenvolveram a partir disso. Uma boa proposta seria a criação de fundos na universidade, onde esta desenvolve uma tecnologia, vende, requer relevante participação na empresa e investe o dividendo neste fundo, que passa ser público, capitalizado e podendo ser disposto de acordo com o planejamento da instituição para mais investimentos de pesquisa.

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